"Fatores emocionais também contribuem para o aparecimento das doenças. O sistema imunológico de um indivíduo estressado, deprimido ou desequilibrado emocionalmente fica mais frágil e menos resistente. Por isso, hoje há até estudos para analisar a relação entre o sistema emocional e o imunológico", disse à revista Terapia Floral, o doutor Hélio Romaldini, pneumologista e professor da Unifesp. Quem mais privilegia as sutis ligações entre os diferentes sistemas do organismo são os psiconeuroimunologistas. Unindo esforços de psicólogos, imunologistas e neurocientistas, a PNI (psiconeuroimunologia) defende a complexa rede de comunicação entre o sistema imunológico e os outros sistemas do corpo.
Entre os adeptos da nova ciência, Joan Borysenko, da Faculdade de Medicina de Harvard, Estados Unidos, enfatiza, no livro Cuidando do corpo, cuidando da mente (Ed. Record), que os pensamentos e sentimentos interferem na capacidade do organismo se autodefender. Já o cardiologista Marco Aurélio Dias da Silva, em Quem ama não adoece (Ed. Best Seller), diz que todas as doenças são psicossomáticas, inclusive as infecciosas, e elas aparecem em virtude de uma "perturbação não resolvida no equilíbrio interior do ser vivo e em sua interação com o ambiente que o cerca". Esse equilíbrio foi batizado pela biologia de homeostase. No caso de infecções, o médico explica que elas não são apenas resultado de fatores externos, como vírus e bactérias, mas contam com a participação do nosso corpo e mente que aceitam ou rejeitam o ataque desses invasores. Tensão e estresse, segundo Silva, tornam a pessoa mais suscetível a infecções, assim como tristeza, preocupação e depressão psicológica podem causar depressão imunológica e comprometer as defesas naturais.
Revista Brasileira de Terapia Floral
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